Pteridium aquilinum.
BATISTA, Águida1;
CAVALEIRO, Emerson2; SANTOS, Fabrício3; JESUS, Laura4.
(Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/portal/plantas/pteridium.htm:)
1.
NOME
CIENTIFICO
Pteridium
aquilinum (L) Kuhn
2.
NOME
POPULAR
Samambaia
3.
CARACTERÍSTICAS
É uma planta
rizomatosa, com folhas grandes, de 60 a 180 cm de comprimento e 60 a
120 cm de largura. Bipinadas, com as pinas lobadas e glabras lanuginosas ferrugíneas
na face dorsal. As folhas formam touceiras densas ou se estendem ao longo dos rizomas
(GAVA apud CRUZ, 2004). O rizoma e seus rizóides, geralmente estão enterrados,
garantindo à samambaia resistir às queimadas . O rizoma atua como órgão de armazenamento
de nutrientes, podendo se expandir, facilitando a colonização e a fixação da
planta no solo (FENWICK apud CRUZ, 2004).
4.
PROPAGAÇÃO
A
samambaia presente nas pastagens, relaciona-se com o manejo das terras,
diminuindo quando os campos são cultivados, sem desaparecer completamente. Ela
volta a aumentar quando o cuidado na terra é abandonado. O desmatamento
florestal feito com fogo, incentivado pelas atividades agropecuárias, minerais ou
madeireiras faz com que a samambaia se propague pelo campo, afetando o
ecossistema do local e colocando em risco a atividade agropecuária
(ALONSO-AMELOT apud CRUZ, 2004).
5.
PARTES
TOXICAS
A concentração dos componentes
tóxicos da Pteridium aquilinum varia com o tempo e parte da planta. A
parte do ápice do broto de onde irá se desenvolver as folhas, é a região com
maior quantidade de substâncias mutagênicas (HIRONO apud CRUZ,2004 ). Junta-se
com Norizoma onde concentram-se altas quantidades do ptaquilosídeo (SAITO et
al., 1989). Esta parte da planta tem resultados diferentes, a luminosidade
nela e a variedade da planta podem interferir na concentração do ptaquilosídeo .
Também, o tipo de solo, o clima e a área geográfica interferem na toxicidade,
tanto entre as variedades, como em tipos da mesma.(ALONSO-AMELOT apud CRUZ,
1999). O maior nível do ptaquilosídeo é encontrado no broto e ocorre na a
primavera declinando para o inverno (SMITH apud. 2004).
(Fonte: http://http://www.ruminantes-vcm.fmvz.usp.br/samambaia.html)
6.
MECANISMO
DE AÇÃO
Ptaquilosídeo (Pt) é tido como o principal componente ativo
(carcinógeno) encontrado na Pteridium
aquilinum, o Pt é um glicosídeo que em meio ácido da origem a Pterosina B e
uma gradual aromatização não causando danos graves observáveis. Já em meio
alcalino a produção de D-gllicose faz com que o Ptaquilosídeo seja convertido
em dienona que nessas condições alcalinas constitui a forma mais ativa do
carcínogeno, agindo diretamente no DNA, proteínas, e alguns estudos citam que o
Pt exerce seu efeito nos tecidos hematopoiéticos.
Em equinos a Pteridium
arachnoideum (espécie do gênero) o mecanismo de ação é diferente. Este tipo
de samambaia causa a deficiência de tiamina devido a conter a enzima tiaminase,
essa deficiência faz com que haja uma disfunção do ciclo de Krebs e futura
diminuição na produção de ATP. A tiamina é fundamental para formação da
coenzima pirofosfato de tiamina (PPT), sendo essa também essencial para
formação da piruvato desidrogenase que vai atuar diretamente no ciclo de Krabs
transformando o piruvato provindo da glicose em Acetil-CoA que terá a função de
iniciar a primeira reação do CK. Ou seja, sem formação de PPT não ocorre
atividade no CK e consequentemente não ocorre atividade da cadeia respiratória.
7.
ESPÉCIES
ACOMETIDAS
Bovinos
Equinos
Ovinos
Aves
Roedores
Humanos
8.
SINAIS
CLÍNICOS
Bovinos
Síndrome Hemorrágica Aguda (acometi animais jovens e Adultos):
Depressão da medula óssea, Febre, severa leucopenia, trombopenia,
hiperemia, petéquias, hematoquezia, epixtaxe, dispneia, enterite hemorrágica e imunossupressão
com possíveis infecções secundárias
(Fonte: http://w3.vet.cornell.edu/nst)
Hematúria enzoótica bovina:
Hemorragia segundaria vesicular urinaria, e tumores de
parede de bexiga, urina de coloração avermelhada, prostração, anemia,
emagrecimento e raramente incontinência urinária.
Equinos
e Ovinos
Anorexia, sinais neurológicos, incoordenação motora,
paralisia de membros, anemia e convulsões.
Aves
Aparecimento de opistótono, flexão de joelhos,
incoordenação, fraqueza muscular ao ponto de não suportarem seu peso e petéquias
.
9.
TRATAMENTOS
Na
Africa do Sul durante um surto ocorrido no ano de (1968), foi adotada uma forma
de tratamento para intoxicação com a Pteridium
aquilinum (L) Kuhn, através de transfusão de sangue por redução acentuada
de Eritrócitos e Leucócitos e terapia intravenosa com Sulfato de Protamina para
neutralizar os efeitos anticoagulantes da Heparina. Um outro método seria a
utilização de corticosteroides, por se tratar de um processo inflamatório
agudo.
Uma
nova tentativa de tratamento foi o uso do álcool batílico (5g em 50 ml de óleo
de oliva), de modo a estimular a medula óssea, sendo uma dose de 10 ml da
solução (1g por dia) por via subcutânea, diariamente, por cinco dias. Deve ser utilizada
em combinação com o uso de um antibiótico de amplo espectro para impedir
infecções secundárias devido à neutropenia. É pouco provável que o tratamento
tenha sucesso nos casos avançados devido aos efeitos secundários da invasão
bacteriana e hemorragia.
Na
realidade não existem tratamentos eficazes para a intoxicação com Pteridium aquilinum (L) Kuhn.
Assim,
fazendeiros e donos de rebanhos devem tomar providências profiláticas a fim de
evitar novos casos de intoxicações, retirando do pasto os animais doentes,
evitando a aglomeração de um número elevado de animais em piquetes que não são
comuns aos mesmos, o que pode induzir ao consumo da planta, fazendo a remoção
da samambaia das pastagens incluindo seus rizomas profundos, e efetuar a calagem
(adição de cal virgem) do solo para a correção da acidez do mesmo, favorecendo assim
o crescimento das espécies de capim adequadas às pastagens
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Acesso: 06 de março 2015
Acesso: 07 de Março 2015
Acesso: 07 de março 2015
Acesso : 06 de março 2015
Acesso : 11 de Março 2015
Acesso: 06 de
março 2015
CRUZ, D. G; BRACARENSE, L. R.
F. A; Toxicidade da samambaia (pteridium aquilinum), Revista Ciências
Agrárias, Londrina, v. 25, n. 3, p. 249-258, jul./set. 2004.
HOJO-SOUZA, S. N; CARNEIRO, M.
C; SANTOS. C. R; Pteridium aquilinum : O que sabemos e o que ainda falta saber, revista Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 5,
p. 798-808, Sept./Oct. 2010.
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